Adelino Costa retorna com nova temporada de “Não Tem Meu Nome” no Teatro Arthur Azevedo

 

Espetáculo aborda a intolerância, identidade periférica e a noção de pertencimento.

Adelino Costa no monólogo "Não Tem Meu Nome"
  Foto:Arthur Santos

 Após curta temporada no Cemitério de Automóveis, exibida para um público de aproximadamente duzentas pessoas, o espetáculo "Não Tem Meu Nome", monólogo escrito, dirigido e interpretado por Adelino Costa criado a partir da leitura do romance O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório e Pertencimento: Uma Cultura do Lugar, de Bell Hooks, faz temporada no Teatro Arthur Azevedo. Na peça, ator e personagem se fundem em uma narrativa que propõe reflexões urgentes a respeito das relações sociais e, sobretudo, humanas.

 

Adelino Costa no monólogo "Não Tem Meu Nome"

 Foto:Arthur Santos

Ao longo do processo criativo, o artista resgatou memórias de sua infância e observou os desafios enfrentados pela população local, como barreiras sociais, econômicas e geográficas. Essa imersão resultou em personagens inspirados em amigos de infância e no próprio autor, que exploram como as comunidades subalternizadas se adaptam para se encaixar em uma sociedade predominantemente burguesa e branca. A dramaturgia questiona a suposta universalidade dessa visão de mundo e revela suas camadas de opressão.

A peça foi desenvolvida a partir da pesquisa de conclusão do curso de Pós-Graduação em Direção Teatral na FPA, sob orientação do Prof. Dr.Marcelo Soler. Adelino Costa, seu criador, é ator, produtor e diretor com mais de duas décadas de experiência nos palcos. A obra tem suas raízes na experiência pessoal de Adelino, que cresceu na COHAB de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre.

 

Adelino Costa no monólogo "Não Tem Meu Nome"

 Foto:Arthur Santos

"Se o espetáculo conseguir provocar no público 10% da reflexão que o processo me proporcionou, aposto que sairá tocado pela proposta", afirma Adelino. Para viabilizar a montagem, o artista contou com o apoio da Galeria Olido e da Braapa Escola de Atores. A encenação se estrutura em uma linguagem minimalista, onde o ator interage com objetos, luz e trilha sonora para construir a narrativa.

Algumas das outras referências teóricas e literárias citadas por Adelino na criação do espetáculo são Conceição Evaristo (Ponciá Vicêncio), Djamila Ribeiro (Pequeno Manual Antirracista), Chimamanda Ngozi Adichie (No Seu Pescoço), Itamar Vieira Júnior (Torto Arado), Cida Bento (O Pacto da Branquitude), Zygmunt Bauman (Identidade), Grada Kilomba (Memórias da Plantação) e Frantz Fanon (Pele Negra, Máscaras Brancas). Já na cinematografia, Adelino destaca os longas Marte Um, de Gabriel Martins, e o documentário A Negação do Brasil, de Joel Zito Araújo.

Ficha Técnica

Atuação/direção/dramaturgia: Adelino Costa

Iluminação: Thatiana Moraes

Orientação coreográfica: Fefê Marques

Confecção figurinos: Paula Gascon

Operador de luz: Rafael Araújo

Assessoria de imprensa: Pevi 56

Produção executiva: Natália Sanches e Adelino Costa

Assessoria de Imprensa – Pevi 56

NÃO TEM MEU NOME

Adelino Costa no monólogo "Não Tem Meu Nome"

 Foto:Arthur Santos

Temporada: Até 26 de Outubro

Horário: Sexta e Sábado, às 20h | Domingo, às 18h

Local: Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca

Ingressos: R$30,00 (inteira) | R$15,00 (meia)

Duração: 90 minutos

Classificação: 16 anos

Capacidade: 50 lugares (Sala Multiuso)

 

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