Projeto reúne obras de Thiago Bordin e Christian Casarin
 
       
  
  "Desiderium" | Foto: Lygia Contin
A Cia Ballet Paraisópolis, sob direção geral de Monica Tarragó, estreia o programa Cartografias do Invisível, que reúne três obras – Campo Aberto e Desiderium, de Thiago Bordin e Víbora, de Christian Casarin. As apresentações acontecem no Teatro Ítalo Brasileiro, na Estação Motiva Cultural e no Centro Cultural Olido.
As criações exploram o corpo como território e linguagem, reafirmando a potência e diversidade da companhia, além de fortalecer a presença da periferia nos grandes centros culturais. Para Monica Tarragó, Cartografias do Invisível propõe um percurso poético que atravessa territórios internos e afetivos, em que corpo, gesto e presença se tornam mapas simbólicos. “Nossa nova temporada valoriza a dança no Brasil e amplia o repertório da companhia e seu diálogo com a cena global da dança”, pontua ela.
Campo Aberto, criação neoclássica inédita de Thiago Bordin para a companhia, mergulha em novas possibilidades coreográficas e expande a pesquisa sobre corpo e espaço. Já Desiderium, também de Thiago Bordin, marca a primeira remontagem internacional de uma obra do coreógrafo para a Cia Ballet Paraisópolis, reforçando o diálogo da companhia com a dança mundial. E Víbora, obra contemporânea de Christian Casarin, que propõe uma fisicalidade intensa e visceral, que atravessa o corpo como linguagem e território em constante transformação.
“Mais do que estreias, essas obras representam encontros. O processo de criação de Cartografias do Invisível foi permeado por afeto, escuta e descobertas coletivas. Cada ensaio se transformou em um espaço de aprendizado mútuo, onde diferentes trajetórias se encontraram para dar forma a um repertório que é, ao mesmo tempo, artístico e profundamente humano. Para nós, esse programa é uma celebração da arte como gesto de partilha”, explica Tarragó.Três coreografias
 
       
  
  "Campo Aberto" | Foto: Lygia Contin
Thiago Bordin traz ao programa sua vasta experiência internacional, seja dançando ou coreografando em companhias de renome ao redor do mundo. Atualmente, é professor no Conservatório Real de Haia e convidado regular do Nederlands Dans Theater (NDT). Na nova temporada da Cia Ballet Paraisópolis, Bordin assina duas criações. A primeira é Campo Aberto, obra inédita concebida a partir do encontro com os intérpretes da companhia, jovens que carregam em seus corpos histórias pessoais e coletivas. A coreografia constrói no palco um território simbólico em que dança e resistência se entrelaçam, revelando um espaço de criação aberto a novos gestos, encontros e futuros possíveis.
Desiderium,, a primeira remontagem internacional do coreógrafo, revisita a palavra latina que dá título à obra, expressão de um desejo ardente, atravessado pela ausência. Criada originalmente no exterior, a coreografia fará sua estreia nacional no Brasil pela Cia Ballet Paraisópolis, marcando um momento inédito e significativo para a companhia. Em cena, esse anseio é traduzido em movimento poético, criando uma atmosfera de intensidade emocional que convida o espectador a vivenciar a dança como espaço de memória, perda e transformação.
"Desiderium" | Foto: Lygia Contin
“Trabalho com dança há 25 anos e posso dizer que o projeto do Ballet Paraisópolis é fascinante. O processo foi intenso, marcado pelo profissionalismo e pela entrega dos bailarinos. Minha criação partiu do diálogo com eles, ouvindo o que tinham a dizer com o corpo. Cada obra nasceu desse encontro coletivo e foi feita, sobretudo, para os próprios intérpretes”, adianta Bordin.
Completando o programa está Víbora, de Christian Casarin, última parte da trilogia composta também por Véspera e Vortex. A obra mergulha na dança como força de regeneração e continuidade, inspirada na imagem da serpente como símbolo de renovação e passagem. A trilha sonora original de Fernando Dalla Nora constrói um tecido sonoro em metamorfose constante, acompanhando intérpretes que transitam entre rigor e espontaneidade, disciplina e entrega, delineando uma cena coletiva marcada pela vitalidade e pela potência criadora da dança.
 
       
  
  "Víbora" | Foto: Lygia Contin
“Para o fechamento da trilogia trago a serpente, imagem que nomeia a obra, e me inspira a pensar o corpo que abandona a pele antiga e se reinventa, o gesto que se abre ao imprevisível”, destaca Casarin.
Ficha Técnica:
Direção Geral: Monica Tarragó
Produção Geral: MONICA TARRAGÓ PRODUÇÕES ARTISTICAS LTDA
Consultor de Desenvolvimento Institucional: Pedro Pimenta
Assistente de Produção: Wellington Lucio
Coreógrafos: Thiago Bordin e Christian Casarin
Ensaiadores: Danielle Rodrigues, Geyssa Alencar e Weverton Aguiar
Composição Musical: Colagem Musical, Krystian Zimerman, London Symphony Orchestra e Sir Simon Rattle, Dallanoras
Desenho de Luz: Nicolas Marchi
Operação de Luz: Nicolas Marchi e Fernando Azambuja
Operação de Som: André Moro
Design de Figurino: Thiago Bordin, Yasmin Santos, Christian Casarin e AZUSLAZUS
Execução de Figurinos: Yasmin Santos e AZUSLAZUS
Comunicação: Lygia Contin e Wellington Lucio
Fotógrafos: Lygia Contin e Wellington Lucio
Secretaria: Priscila Pinheiro
Assessoria de Imprensa: Nossa Senhora da Pauta
 
Assessoria Jurídica: Rinaldo Amorim Araujo
Assessoria Contábil: Service Keep Assessoria e Consultoria Contábil
Elenco: Amanda Dalla, Bruna Nunes, Daniela Oliveira, Fabrício Cestari, Ferd Souza, Geise Santos, Giovana Guimarães, Izabella Neves, Leticia Angeli, Luiz Dias, Luiza Barres Maju Vieira, Mariana Farias, Priscila Silva, Rebeca Guilherme, Tiffany Maria, Wellington Dambroski
Campo Aberto
Coreógrafo: Thiago Bordin
Assistente de criação: Patricia Friza
Ensaiadores: Danielle Rodrigues, Geyssa Alencar e Weverton Aguiar
Música: Polo & Pan DJ-set (Colagem musical)
Desenho de Luz: Nicolas Marchi
Desenho de Figurino: Yasmin Santos
Cenografia: Thiago Bordin e Yasmin Santos
Elenco: Bruna Nunes, Daniela Oliveira, Fabrício Cestari, Ferd Souza, Geise Santos, Giovana Guimarães, Luiz Dias, Maju Vieira, Mariana Farias, Priscila Silva, Rebeca Guilherme, Thifany Andrade, Wellington Dambroski
Desiderium
Coreógrafo: Thiago Bordin
Música: Krystian Zimerman, London Symphony Orchestra, Sir Simon Rattle - Piano Concerto No. 5 in E Flat Major, Op. 73 “Emperor": II. Adagio un poco mosso
Ensaiadores: Geyssa Alencar e Weverton Aguiar
Desenho de Luz: Nicolas Marchi
Desenho de Figurino: Thiago Bordin
Execução de Figurino: Yasmin Santos
Elenco: Leticia Angeli e Luiz Dias
Víbora
Coreógrafo: Christian Casarin
Ensaiadores: Danielle Rodrigues, Geyssa Alencar e Weverton Aguiar
Composição Musical: Dallanoras
Desenho de Luz: Nicolas Marchi
Figurinos: Christian Casarin e AZUSLAZUS
Elenco: Bruna Nunes, Daniela Oliveira, Fabrício Cestari, Ferd Souza, Geise Santos, Giovana Guimarães, Luiz Dias, Maju Vieira, Mariana Farias, Priscila Silva, Rebeca Guilherme, Thifany Andrade
CARTOGRAFIAS DO INVISÍVEL
 
       
  
  "Víbora" | Foto: Lygia Contin
Duração: 60 minutos
Ingressos: Gratuito
Classificação: Livre
Teatro Ítalo Brasileiro
Data: 30 de outubro
Horário: Quinta, às 20h
Local: Av. João Dias, 2046 – Santo Amaro
Estação Motiva Cultural
Data: 01 de Novembro
Horário: Sábado, às 20h30
Local: Praça Júlio Prestes, 16 – Campos Elíseos
Fábrica de Cultura Brasilândia
Data: 06 de Novembro
Horário: Quinta, às 15h
Local: Av. General Penha Brasil, 2508 – Brasilândia
Centro Cultural Olido
Data: 13 de Novembro
Horário: Quinta, às 19h
Local: Av. São João, 473 –Centro
Fábrica de Cultura Parque Belém
Data: 11 de Dezembro
Horário: Quinta, às 15h
Local: Av. Celso Garcia, 2231 – Belenzinho
Siga o Canal Tadeu Ramos no Instagram
Comentários
Postar um comentário